sexta-feira, 4 de julho de 2014

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO OSVALDO ARANHA



ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL OSVALDO ARANHA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Linha Bela Vista
  

ENGENHO VELHO/RS – 2014

 



“Todo jardim começa com um sonho de amor.
Antes que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e lagos tenham nascido dentro da alma.
Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora.
E nem passeia por ele...”
(Rubens Alves, 1998)

1. APRESENTAÇÃO


O Projeto Político Pedagógico é fruto da ação conjunta de professores, pais, alunos, funcionários, equipe diretiva e comunidade escolar num processo contínuo de estudos, reflexões, debates e discernimento no desejo de que, efetivamente, ele seja um instrumento de orientação de nossas práticas pedagógicas.
A educação, os objetivos do ensino, aos valores, à visão de homem e de mundo expressam a intencionalidade e o desejo do grupo.
O Projeto Político Pedagógico pretende ser um referencial para a escola, delineando, sempre mais, a autonomia e a gestão democrática da mesma.
O Projeto mexe com ânimo e com engajamento da comunidade escolar, pois cada um passa a sentir-se autor e responsável pelo crescimento do grupo e pela boa operacionalização das atividades. A escola passa a ser o lugar onde ocorre a organização da esperança em uma vida melhor, econômica, social e culturalmente. 


2. JUSTIFICATIVA
 

É inegável que o momento atual exige dos homens novos pensamentos e atitudes. Percebem-se em todos os aspectos: profissional, familiar, religioso e social, as influências e as consequências das mudanças e transformações ocorridas ao longo do processo de formação da humanidade.
Acredita-se que a grande maioria das pessoas aspira sempre uma vida melhor, mais harmonia, menos violência, mais compreensão e amor entre os homens. Enfim, quantidade e qualidade de bem-estar são desejos constantes a permear a vida de todos.
A reestruturação do Projeto Políticos Pedagógico vem contemplar as inovações necessárias a real formação do cidadão há que se respaldar em princípios e valores que propiciem à humanização, como a solidariedade, a justiça, a cooperação, o saber e o prazer entre outros.
Nosso desejo é que toda a comunidade escolar: pais, alunos, funcionários, professores, direção e comunidade escolar, são nossos parceiros nesta busca. Educar para a cidadania e a cooperação implica em trabalhar num espaço onde valores. Estão em primeira ordem: a autonomia, o respeito e a ética e a cultura diferenciada.








3. MARCO REFERENCIAL



3.1 Marco Situacional: expressa como o grupo percebe a realidade global em seus problemas desafios e esperanças

A educação está na pauta das discussões mundiais, sendo regida pelos mecanismos internacionais, os quais atende a interesses de um sistema neoliberal, que tende a uma massificação cada vez maior do capitalismo e consumismo desenfreado. Esse modelo econômico baseia-se no princípio de que o mercado é quem define as relações econômicas, aponta para uma diminuição da presença do Estado na economia (neoliberalismo). O estado deverá ter suas ações voltadas para as políticas sociais como: educação, segurança, saúde e habitação.
No entanto, a economia mundial se baseia cada dia mais, nos conglomerados econômicos, com sede nos países ricos e no capital especulativo, que é o grande responsável pelas crises na economia mundial, em especial dos países emergentes, cujos governos, no intuito de saírem das crises procuram empréstimos, aumentando suas dívidas externas e submetendo sua economia aos interesses de instituições financeiras, como o FMI, BIRD, ONU, que ditam planos econômicos recessivos, geradores de arrochos salariais, desemprego em massa e miséria, contribuindo assim para o aumento da desigualdade social.
No final do milênio, os dividendos das importantes descobertas e dos progressos científicos e tecnológicos da humanidade convivem com desencantamento e desesperanças, alimentados por problemas que vão do aumento de desemprego e do fenômeno da exclusão, inclusive nos países ricos, à manutenção dos níveis de desigualdade de desenvolvimento nos diferentes países. O aumento das interdependências entre nação e regiões contribui para colocar o foco nos diferentes desequilíbrios, entre ricos e pobres, como também entre “incluídos” e “excluídos” socialmente, no interior de cada país; com a extensão dos meios de informação e de comunicação evidenciaram-se também modos de vida e de consumo de uma parcela dos habitantes do planeta em contraposição a situações de miséria extrema. A globalização, embora aproxime os diversos povos, aumentando o intercâmbio entre as culturas diferentes, aprofunda a crise econômica dos países que não detêm tecnologia de ponta, levando-os a fecharem várias indústrias, que não conseguem concorrer com grandes monopólios, seguindo assim a lógica da relação entre dominados e dominantes. Nessa nova forma de organização geopolítica, os países industrializados desenvolvidos, dificultam a democratização do conhecimento científico para os mais pobres.
A situação é agravada pela situação social que se complica mais através de atitudes comprometedoras como violência, corrupção e crime organizado, que são frutos de grupos que privilegiam o consumo desmedido, a ganância do poder e da riqueza.
Também a falta de ideologia humanizadora de alguns políticos brasileiros em relação à situação atual em que o país se encontra: governantes abusam do poder em benefício próprio.
Vivemos uma multi-degradação: a da atividade econômica, das identidades culturais, da espécie humana e da natureza. A sociedade pós-moderna está depredando, poluindo e dificultando a sobrevivência no planeta. Nota-se a falta de cuidados com a natureza, com a vida e com o Planeta.
O estado do Rio Grande do Sul economicamente se destaca a nível nacional, pelo seu desenvolvimento agrícola, pela exportação, pelo comércio, pela indústria, pela tecnologia e características geográficas.
O RS é um estado com boa qualidade de vida, sendo sua população uma das mais conscientes politizadas e trabalhadoras, em relação à de alguns estados do país.
Diante dos desafios do momento presente, marcado pelo avanço tecnológico, pela globalização das comunicações, pelos novos processos produtivos e pelos padrões culturais torna-se relevante, a reflexão sobre cidadania, suas influências e suas relações com a área educacional.
Não se pode, porém, ficar num “vazio” de mundo. É preciso participar do processo de gestão deste mundo que queremos de maneira mais consciente e livre, com autonomia e ação participativa.
Se por um lado nos animam sinais de esperança, por outro lado, vive-se um momento de grandes turbulências, dúvidas, inquietações e polêmicas. Desse modo, não se pode e nem se deve perder de vista que é o universo da ESPERANÇA de um mundo melhor e menos excludente, que nos impulsiona a buscar saídas, possibilidades, em meio aos limites que a realidade impõe. Desta forma cada um fazendo a sua parte para a construção de um mundo melhor.
3.2 Dados Gerais sobre o Município de Engenho Velho

·         Micro-região: Colonial de Iraí
·         Mesoregião: Norte-Riograndense
·         Região Geográfica: Sul
·         Localização Geográfica: Médio Alto Uruguai
·         Distância de Porto Alegre: 385 Km
·         Altitude da sede: 504 metros
·         Longitude: Entre 52º52’ a 52º58’ Oeste
·         Latitude: Entre 27º37’ Sul a 27º44’ Sul
·         População: 1.527 habitantes (Censo 2010)
·         Data de emancipação: 20/03/1992
·         Base da Economia:    
-Agricultura de soja, trigo, milho, feijão;
-Pecuária Leiteira;
-Comércio;
- Serviços.
·         Total de eleitores: 1.070
·         Porte do Município: Pequeno
·         Área: 71 km²

3.3 Histórico do Município de Engenho Velho

O Município de Engenho Velho localiza-se na região fisiográfica do Estado do Rio Grande do Sul, denominada Alto Uruguai, com uma área de 71 km2 e a 385 km de distância da Capital do Estado. Limitando-se ao Norte com Três Palmeiras e Constantina, ao sul com Rondinha e Ronda Alta, a leste com Ronda Alta e a Oeste Constantina.
Até por volta de 1920, o município de Engenho Velho, constitui-se de um minúsculo povoado margeando o Arroio Lajeado dos Lopes, cujas terras na sua maioria pertenciam ao Sr Antônio Valério (vulgo Capitão Valério) que por ser uma família numerosa, o lugarejo era conhecido por povoado dos Valérios.
As terras situadas à margem direita da bacia do Lajeado Grande, principal Rio do Município, a partir da cabeceira do Arroio dos Índios constituíam-se em reserva indígena e Florestal.
A madeira da região atraiu as famílias Cameloti e Tesser descendentes de Italianos que saíram da região colonial da serra para aqui instalarem Serraria, que para trabalhar nela teria vindo mais tarde os irmãos Luzzatto.
A partir da década de 1940 o povoamento da região se intensificou com a chegada de mais famílias, e com o passar dos tempos, a madeira foi escasseando e a primeira Serraria (de propriedade de Camelotti e Tesser) a qual era chamada pelos Italianos de “Engenho”, foi desativada. Daí a origem do segundo nome do povoado “ENGENHO VELHO”
Depois de muitas negociações, conseguia-se junto à comissão de Justiça da Assembleia Legislativa do Estado, juntamente com o poder executivo do mesmo a aprovação do Plebiscito que decidiria sobre a emancipação.
O Município de Engenho Velho foi criado pela lei Estadual nº 9.619 de 20 de março de 1992.
A partir de 1996, o município passa por uma enorme transformação, pois os índios Kaingang, retomam o direito a posse da reserva da Serrinha, então cerca de 53% da área  do município de Engenho Velho se torna reserva indígena. Os colonos brancos foram indenizados, e deixaram as terras da reserva. A população indígena começa a chegar ao município, que vive um novo momento histórico e inicia-se a convivência entre brancos e índios. Com isso muita população branca saiu e foram para outros municípios, aumentando assim a população indígena, que por serem um povo nômades, ficam um tempo e mudam de residência, estão em constante movimentação.
A população atual é de 1527 habitantes sendo que destes 742 são homem e 758 são mulheres sendo sua densidade populacional de 21,45 hab/km², com uma formação composta por aproximadamente 50% italianos, 35% de descendentes indígenas, 15% de outras etnias.
A principal atividade econômica está vinculada a agricultura, concentrando-se nas culturas de soja, milho e trigo, desenvolvendo-se também a agropecuária leiteira.
Na tentativa de evitar o êxodo rural o município, através do Departamento da Agricultura e EMATER, tem procurado incentivar a permanência dos agricultores em suas propriedades, oferecendo incentivos, tais como: implantação de rede de abastecimento de água, eletrificação rural, melhoria de residências, patrulha agrícola, fornecimento de sementes, através do sistema troca-troca de semente.
Em relação à saúde no município, há uma grande preocupação por parte da administração, em atender a todas as solicitações do povo, sem discriminação. A saúde é municipalizada, e os pacientes são atendidos no posto de saúde, e se necessário encaminhados ao Hospital São Rafael do Município. No que se refere aos casos mais graves são encaminhados aos centros maiores como Sarandi ou Passo Fundo.
O comércio do município está se estruturando para atender melhor a população, sendo que ainda a população necessita de complementos em municípios vizinhos.
No que tange o setor econômico, as famílias deste município são de baixo poder aquisitivo, na sua maioria dependendo da agricultura, meio pelo qual tiram seu sustento.
A questão religiosa também sofreu modificações, novas crenças se instalaram no município. Porém a população aceita isso com naturalidade e respeita a opção de cada um.

3.4 Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha

·         Educação Infantil: Jardim: 4 anos e Pré escola: 5 anos
·         Ensino Fundamental: 1ª à 5ª Ano
·         Total de alunos: 68 (2014)
·         Corpo Docente: 09
·         Diretor: 01
·         Coordenador Pedagógico: 01
·         Funcionários: 04
A escola municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha, localizada na Linha Bela Vista no município de Engenho Velho, na Reserva da Serrinha. A Escola Osvaldo Aranha tem seu funcionamento oficializado pelo decreto de criação nº 111/74 e o Decreto de Reorganização nº 14/76. Desde o início de seu funcionamento manteve o mesmo nome (OSVALDO ARANHA), localizava-se na Linha Polita, foi mantida como escola Pólo durante muitos anos, mas em 2004, o prédio da escola queimou e a mesma foi transferida para a localidade de Linha Bela Vista onde está atualmente.
Atualmente a escola possui os seguintes espaços: sala de direção, uma cozinha, duas instalações sanitárias e quatro salas de aulas em bom estado e espaço de recreação aberto. Também tem disponível sala de informática, anexa a biblioteca, depósito de materiais e de alimentação a qual não fica no mesmo prédio, mas no antigo prédio da escola, pois uma fica próximo a outra.  
A escola conta com uma comunidade de pais pouco atuantes, pois colaboram muito pouco com as atividades desenvolvidas na mesma. Está instituído na escola o CPM, que também tem pouca atuação no âmbito escolar, por isso há necessidade de realizar um trabalho entre escola e família, para melhorar o compromisso da mesma com a escola. Oportunizando, com isso, a comunidade escolar desempenhar suas funções da melhor forma possível mediante a sua realidade e visando uma educação de qualidade com o compromisso da formação de cidadania e respeito pelas diversidades culturais.
Em 2014 a comunidade escolar resolveu alterar o nome da escola, já que está inserida na comunidade indígena e contem 100% de alunos indígenas. Esta foi renomeada em língua kaingang que significa “Bela Vista”, uma reivindicação da comunidade escolar para que as crianças sintam-se mais comprometidas com a escola. A escola, a partir de 2015, passará a denominar-se ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL PÃVÃNH HÁ.

3.5 Marco Doutrinal: expressa a Utopia Social do Grupo, “Para Que Direção nos Movemos”

Mediante a situação mundial vista no Marco Situacional optamos por ajudar a promover a construção de uma sociedade:
·         democrática para o seu ajustamento social e cultural;
·         capaz de conviver de forma mais aberta à contribuição do outro com respeito às diferenças culturais;
·         pluralista em sua forma de acolher as relações com o diferente;
·         consciente em seu papel no meio em que vive e que ao mesmo tempo seja humanizadora;
·         onde todos tenham oportunidades de pensar, mudar, transformar para o novo;
·         que seja fraterna, igualitária, dialógica, ecologicamente equilibrada e comprometida em todas as suas formas.
A escola precisa perceber o aluno capaz de conviver com os avanços tecnológicos, humanizando-os em favor da sociedade.
A principal função da escola é formar cidadãos com consciência de suas raízes históricas, capazes de afirmar a sua identidade.
Proporcionar ao homem a realização integral, abrindo caminhos à transformação social.
O homem como centro do processo, ser crítico, questionador, dialógico e que busque constantemente sua libertação pessoal e transformação da realidade em que vive.
Os valores do ser humano devem ser trabalhados de forma que atinjam a plenitude em seu desenvolvimento e no relacionamento na sociedade.
O homem, por ser criado a imagem e semelhança de Deus, para ser feliz é preciso, que ele se ame e tenha confiança em si próprio, para poder irradiar felicidade e confiança aos outros. A plena felicidade é adquirida através do amor a Deus, da fé vivenciada e do pleno conhecimento que o amor fraterno conduz à justiça e a solidariedade; transformando a sociedade, de modo a fazê-la mais feliz, livre de preconceitos e individualismos.
A família é à base da sociedade. É nela que nascem os integrantes desta sociedade. Os valores morais, culturais, sociais e educacionais são estruturados neste primeiro grupo social.
O homem constrói a sua história a partir de sua vivência, da experiência e da busca de conhecimentos.
É coerente, honesto, comprometido com a verdade e, por isso, tem consciência política e ideológica, capaz de abrir mão de suas convicções, é aberto ao diálogo e às mudanças que acontecem no contexto histórico- social.
Na sociedade ideal, os homens se revelam cidadãos conscientes que lutam pela sua sociedade, em benefício do amor a terra, da preocupação com a produção de alimentos naturais, da preservação do solo e do meio ambiente, em busca de condições básicas de sobrevivência.
O ser humano, dotado de inteligência, torna-se capaz de conhecer e decidir sobre si mesmo e sobre o mundo, através de seu conhecimento, descobre suas potencialidades científicas e culturais. A partir desses conhecimentos, o homem estabelece conceitos e princípios, alcança sua auto-realização e luta para atingir seu crescimento pessoal, cultural e profissional.
Mas é inegável que o momento atual exige dos homens, novos pensamentos e atitudes. Percebem-se em todos os aspectos (profissional, familiar, religioso, social e cultural) as influências e as consequências das mudanças e transformações ocorridas ao longo do processo de formação da humanidade.
Acredita-se que a grande maioria das pessoas aspira sempre uma vida melhor, mais harmonia, menos violência, mais compreensão e amor entre os homens. Enfim, quantidade e qualidade de bem-estar são desejos constantes a permear a vida de todos.
Na real formação do cidadão há que se respaldar em princípios e valores que propicie a humanização, como a solidariedade, a justiça, a cooperação, o saber e o prazer entre outros.
O desejo é que toda a comunidade escolar (pais, funcionários, alunos, professores e equipe diretiva) são nossos parceiros nesta busca. Educar para a cidadania e a cooperação implica em trabalhar num espaço onde valores estão em primeira ordem: o respeito à diversidade e a ética.
Acredita-se que para uma educação de qualidade, precisamos com urgência proporcionar ao aluno o despertar para uma utopia a busca de um ideal, a busca da auto-realização pessoal e coletiva da comunidade que estamos inseridos. Para com isso despertar no aluno a importância de sua auto-estima, princípio fundamental para uma auto-realização. Nada mais urgente que acreditar em um mundo melhor, e procurar fazer a nossa parte para que essa construção venha acontecer.
A educação na escola deverá ser fundamentada nas Diretrizes Curriculares Nacionais Da Educação Básica, observando o que descreve especialmente sobre a Educação Indígena no Parecer CNE/CEB Nº 13/2012 bem como a Resolução Nº 5, de 22 de junho de 2012 que “Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica”.
MISSÃO:
Nossa Missão é oferecer um ensino de qualidade, garantindo a participação ativa da comunidade escolar, contribuindo para a formação integral dos alunos, para que eles possam agir construtivamente na transformação de seu meio.
VISÃO DE FUTURO:
Realizaremos nosso trabalho de maneira eficaz, segura e responsável, respeitando nossos alunos, pais, colaboradores, comunidade e o interesse público.
NOSSOS VALORES:
·         Respeito: respeitamos a dignidade e os direitos de cada pessoa em nossa escola.
·         Participação: trabalhamos em equipe, com forte senso de comprometimento e solidariedade.
·         Igualdade: tratamos com equidade nossos alunos e colaboradores respeitando as necessidades e a capacidade de cada um.
·         Valorização: incentivamos, valorizamos e reconhecemos as contribuições individuais e coletivas de nossos alunos e colaboradores.
·         Ética: trabalhamos com elevado senso de comprometimento e colaboração no alcance dos objetivos institucionais (não mexer nas coisas dos outros).
·         Sinceridade.
·         Amizade.
·         Solidariedade: valorização o espírito coletivo, comprometimento e colaboração no alcance dos objetivos institucionais.
·         Criatividade: apoiamos a criatividade e a inovação individuais, valorizando as ações empreendedoras, criativas e flexíveis.

3.6 Marco Operativo: expressa o Ideal de Prática a ser Vivenciadas e contribui para uma Sociedade Almejada

Comprometidos em ajudar na construção da sociedade e do ser humano, descritos no Marco Doutrinal, reafirmamos a opção por uma educação integral da pessoa, construir uma nova escola, fundamentada nos rudimentos da autonomia, da solidariedade, da participação, respeito, democrática e do compromisso maior com o aluno cidadão, compreendido como homem social, responsável, participativo, político e produtivo, respeitando seus valores culturais.
A educação deve estar comprometida com a humanização como busca de uma realização pessoal e grupal, além de oportunizar a compreensão da realidade e a democratização da tecnologia como meio de propiciar o bem estar de todos.
Por isso tem-se como referência a percepção de que o processo pedagógico deva partir da organização do coletivo da escola, compreendendo os alunos, os professores e a comunidade, sendo que uma das características deste fazer pedagógico é partir das práticas vivenciadas e das necessidades de vida. Estas práticas vivenciadas, motivadas diretamente pelas necessidades da vida constituem-se no espaço onde as pessoas constroem seus referenciais básicos de percepção do mundo e da realidade (saber prático). Este saber caracteriza-se pela pouca possibilidade de saber “ler”, analisar, refletir e pensar sobre o cotidiano evidencia, portanto, uma relação tênue e insuficiente com o conhecimento mais complexo da filosofia, das ciências e da história, construídos através das relações interpessoais e sociais históricas da humanidade.
Partindo deste pressuposto, o FAZER PEDAGÓGICO exige um movimento constante de problematizarão do fazer e do pensar sobre a pratica, gerando uma ação recriada com um nível de reflexão que exige que desafia a busca e a apropriação de conceitos mais complexos permitindo às pessoas participantes deste processo modificarem-se a si mesma e as suas práticas, nas interações mediadas pelo continuo movimento do seu fazer social. Dizendo de outra forma, a construção desse processo de ensinar e aprender se constrói partindo da realidade social mais próxima e presente na vida dos sujeitos envolvidos, de onde fazem e pensam sobre seu fazer, constituindo necessidades e buscas.
Assim o conhecimento move-se e complexifica-se na medida em que a prática pedagógica constitui espaços coletivos de aprendizagem capazes de interagir, trocar, de ensinar e aprender com e partindo dos diferentes saberes práticos e teóricos presentes naquele contexto.
Cada contexto, cada tempo, cada indivíduo ou grupo social constitui-se de uma multiplicidade de percepções e sentidos, frutos da forma como vivenciou e do significado que atribuiu ao vivido. Esta multiplicidade permite um pensar reflexivo sobre as possibilidades de construir permanentemente as ações pedagógicas que considerem a forma de organizar o espaço escolar junto às crianças.
Em síntese, a escola, para exercerem a função social aqui proposta, precisa possibilitar o cultivo de bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos diretamente no processo educativo. É nesse Universo que o aluno vivencia situações diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir a ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e política, do município, do estado, do país e do mundo. 
A avaliação está em processo de transição devido à legislação vigente. Com isso a escola passa a implantar nossos sistemas de avaliação sendo que no 1º, 2º, 3º Anos a avaliação é por parecer onde os alunos não ficam retidos. Já no 4º e 5º Anos a avaliação ainda é classificatória, desta maneira ele é avaliado pelo desenvolvimento cognitivo em relação ao ensino e aprendizagem. Sendo assim, a avaliação é eclética por ser uma decisão dos pais e dos alunos em reunião referente ao PPP.
A avaliação não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Mesmo sendo classificatória ela observa o aluno como um todo.
Neste aspecto, desenvolveremos um processo de avaliação contínua da comunidade educativa, valorizando a construção das diversas competências e habilidades por área de conhecimento, como um meio de diagnosticar o que ainda não foi apreendido e vivenciado por educando e educador. Com resultado, redimensionaremos o planejamento para facilitar novas descobertas e a reconstrução dos conhecimentos, favorecendo, desta forma, a auto-avaliação.
Para isso acontecer, devemos ser professores comprometidos, entusiasmados, politizado, críticos, sensíveis às transformações sociais, mediadores da aprendizagem, estimulando os alunos a serem protagonistas da história, capazes de transformá-la com autenticidade e coerência, conscientes das suas responsabilidades no processo ensino/aprendizagem, através de uma relação dialógica, que favoreça a integração entre os vários setores da escola e a realização de projetos interdisciplinares. 
Os envolvidos no processo educativo precisam estar comprometidos com objetivos que norteiam o Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha de Engenho Velho, formando assim um grupo unido entre os profissionais da educação, trabalhando em harmonia com as escolas e que lutam por uma educação de qualidade, de fato, voltada para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, ética, justa e solidária.
Nossa força aumenta na medida em que fazemos nosso trabalho com amor, transformando o ambiente escolar num local onde o estudar e o aprender aconteça com alegria formando um ser humano mais feliz e realizado, com uma formação cidadã, a qual vise melhorar a qualidade de vida da comunidade indígena onde a escola está inserida.


3.7 A articulação da Creche e Educação Infantil com o Ensino Fundamental, garantindo a especificidade do atendimento das crianças

Na educação infantil, nosso trabalho tem por objetivo propiciar a ampliação dos interesses e conhecimentos das crianças, além de estimular conquista da independência e a cooperação no processo de socialização. 
Sempre em parceria com a família, visamos à formação de cidadãos com valores sólidos e conscientes de seu papel social, pois não basta compreender a realidade: é preciso utilizar o que se aprende na escola como instrumento para a transformação, contribuindo para a construção de um mundo mais fraterno e solidário. Esse projeto implica em reuniões periódicas com os pais (coletivas e individuais) incorporando-os continuamente ao trabalho escolar, de forma que, juntos, possamos construir uma cultura comum. 
A infância entendida como período da vida do ser humano, que vai do nascimento, a puberdade, é uma situação historicamente desenvolvida e analisada, sendo que nos dias atuais, a infância deve permitir um sujeito de direitos de necessidades físicos, cognitivos psicológicos, emocionais e sociais.
Segundo os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil - volume I, desde que nasce a criança possui um papel social embasado na dialética história x cultura da sociedade onde se encontra inserida: “A criança, não é uma abstração, mas um ser produtor e produtivo da história e da cultura”.
Dentro desta visão de infância, a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha pretende proporcionar as crianças não somente cuidados necessários ao desenvolvimento biológico, mas oportunizar um espaço, um atendimento e um processo de aprendizagem que auxilia as crianças para as próximas etapas da vida.
A Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha abrange crianças de 0 a 6 anos e seu foco principal é a construção da identidade, a socialização e a importância do brincar, da leitura e da escrita. O trabalho pedagógico busca favorecer o desenvolvimento da autoconfiança, da autoestima, do conhecimento de si mesmo, de atitudes e valores necessários ao convívio social, da capacidade de expressão, bem como despertar, estimular e atender a curiosidade da criança quanto à leitura, a escrita e a percepção de números de forma, a saber:
·         expressar suas ideias, sentimentos, necessidades, desejos, de forma a  enriquecer sua capacidade expressiva; fazer-se entender e ser entendido;
·         estabelecer a relação de causa e efeito;
·         ser capaz de distinguir diferenças e semelhanças, classificar e seriar;
·         estabelecer sua posição no espaço em relação a objetos e pessoas;
·         compreender a finalidade da leitura e da escrita;
·         adquirir a noção de quantidade de 1 a 9;
·         sabe somar e subtrair concretamente;
·         conhecer a importância do meio ambiente.
A ação pedagógica concretiza-se pelos seguintes eixos de trabalho:
·         Linguagens
·         Raciocínio lógico-matemático
·         Conhecimento de Mundo
·         Formação pessoal e Social
·         Movimento
·         Sensibilidade artística
É com esta visão e neste contexto que a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha traz em sua proposta ações que venham a contribuir na formação da criança, desenvolvendo situações propícias nas quais ela é estimulada pelos educadores a examinar, explorar, construir significações, possibilitando um ensino de qualidade. E para isso conta-se com a participação dos pais e comunidade escolar nas atividades desenvolvidas na escola.

4. DIAGNÓSTICO ESCOLAR


O diagnóstico mostra que na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha, houve pouco avanço na consciência, na participação do processo de planejamento participativo.
Os pais em geral, estão sendo informados sobre a proposta educacional da Escola. Há dificuldade de envolvê-los no processo educativo: alguns pais delegam à escola totalmente, a responsabilidade da educação dos filhos; alguns pais demonstram interesse, vindo à escola, algumas vezes no decorrer do ano letivo.
Através da participação dos pais, alunos, funcionários e professores da escola, foi possível conhecer a realidade dos alunos, sujeitos do processo ensino-aprendizagem, através de reuniões com os alunos, pais, professores, funcionários e supervisão da SMEC, através de questionamentos e reflexão, para uma tomada de consciência sobre a importância da participação dos mesmos, na construção da escola que queremos.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura do município oferece vagas suficientes para abrigar todos os alunos em idade escolar e oferece material escolar e didático necessário, merenda e transporte escolar a todos os alunos da escola.
A Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha está localizada no interior do município de Engenho Velho, na Linha Bela Vista contando com os seguintes profissionais: 02 serventes, 02 merendeiras, 09 professores: um trabalha com a Língua Kaingangue, um como professor de Educação Física, um como professor de Arte, 04 professores atuam do 1º ao 5º Ano e 02 professores da Educação Infantil, 1 diretor da escola e 1 coordenadora pedagógica.
Os 68 alunos assim distribuídos em séries (2014):
·         Jardim: 07
·         Pré-escola: 09
·         1º Ano: 06
·         2º Ano: 04
·         3º Ano: 14
·         4º Ano: 18
·         5º Ano: 10
Trabalhamos com crianças de nível socioeconômico extremamente carente e nossos alunos são 100% indígenas.
Atualmente a escola possui os seguintes espaços: sala de direção, uma cozinha, duas instalações sanitárias e quatro salas de aulas em bom estado e espaço de recreação aberto. A escola conta ainda com o espaço do prédio antigo que foi reformado e serve de espaço para sala de informática e a biblioteca escolar assim como mais um banheiro e a despensa para material escolar e de alimentação. O pátio escolar é todo cercado. Porém, a escola não conta com quadra esportiva nem espaço apropriado para a prática da Educação Física, também necessita de projeto de jardinagem e de elaboração de horta escolar, assim como maior incentivo a cultura e artesanato indígena.
A escola oferece às crianças café da manhã, merenda e almoço de qualidade (quando os alunos precisam ficar nos projetos) feita por merendeiras indígenas e o cardápio acompanhado por uma nutricionista da prefeitura. Os produtos para a preparação são de ótima qualidade, naturais e variadas, assim como a merenda é vistoriada pelo Conselho Municipal de Alimentação.
Procuramos trabalhar embasados nos três princípios Educar, Brincar e Cuidar, proporcionando situações que desenvolvam as crianças em todos os aspectos: cognitivos, psíquicos, emocionais e afetivos.
A Escola tem CPM escolar organizado, o qual pode ser mais participativo e atuante na mesma. A escola necessita organizar um Conselho Escolar para ajudar o CPM na organização e na atuação na escola para que com isso o processo escolar aconteça. Pois sentimos a necessidade de maior participação da família na escola assim como da comunidade escolar como um todo.
Procuramos trabalhar de forma dialógica, envolvendo assim todos os segmentos da escola, buscando desenvolver uma educação de qualidade, apesar de todas as dificuldades encontradas na escola.

4.1 Relação de Professores e Funcionários da Escola

Professor
Titulação
Disciplina
Série
Andreia Agostini Mistura
Pós-Graduação Completa
Currículo
Pré-escola
Daniela da Silva Aimi
Mestrado
Currículo
Jardim
Elisabete Floriano
(licença maternidade)
Ensino Médio completo
Bilíngue
Educação infantil e 1º ao 5° Ano
Genilda Antonio da Silva
Alfabetizada
Servente
Educação infantil e 1º ao 5º Ano
Ivete Teresinha Rissotto
Cursando Graduação
Diretor
Diretora
Jaquelina Dal Pupo Tabaldi
Pós-Graduação Completa
Currículo
5º Ano

José da Silva

Currículo
Educação Infantil e 1º ao 5º Ano
Marilete Pescador dos Santos
Pós-Graduação completa
Currículo
4º Ano
Marli Pedroso
Ensino Fundamental incompleto
Merendeira
Educação infantil e 1º ao 5º Ano
Noemi Fernandes
Ensino Fundamental incompleto
Servente
Educação infantil e 1º ao 5° Ano
Rosane Bedin Marcolan
Pós-Graduação Completa
Currículo
3º Ano
Rosangela Correa
Curso Superior Completo
Educação Física
Educação Infantil e 1º ao 5º Ano
Roseli dos Santos
Ensino Fundamental incompleto
Servente
Educação infantil e 1º ao 5° Ano
Vanusa Troial
Curso Superior Completo
Artes
Educação Infantil e 1º ao 5º Ano

Vera Danair Carpenedo
Mestrado em Políticas Públicas da Educação
Coordenadora pedagógica
Educação infantil e 1º ao 5º Ano
Viviane Feldns
Pós-Graduação Completa
Currículo
1º e 2º Ano


4.2 Estatístico de alunos Aprovados, Reprovados, Evadidos e Transferidos da Escola de 2012 e 2013
  • 2012
ANO
APROVADO
REPROVADO
EVADIDO
TRANSFERIDO
TOTAL
1º Ano
12
0
0
01
13
2º Ano
16
0
01
0
17
3º Ano
08
03
0
02
13
4º Ano
09
0
01
01
11
5ª Ano
02
0
0
03
05
TOTAL
47
3
2
7
59
  • 2013
ANO
APROVADO
REPROVADO
EVADIDO
TRANSFERIDO
TOTAL
1º Ano
04
0
0
01
05
2º Ano
09
0
0
06
15
3º Ano
17
0
0
03
20
4º Ano
09
0
0
04
13
5º Ano
09
0
0
05
14
TOTAL
48
0
0
19
67


5. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL


A inclusão é um desafio permanente nos nossos dias. Nesse sentido, trabalhar na perspectiva da inclusão de forma ampla significa oferecer múltiplas e sempre singulares condições para o crescimento e aprendizagem de cada aluno/a. É necessário formular políticas de inclusão e projetos político-pedagógicos que contemplem a diversidade e incluam as crianças, jovens e adultos da nossa Rede Municipal de Ensino, considerando as diferenças dos sujeitos e as especificidades de suas culturas e aprendizagens, garantindo a equiparação de oportunidades. Esse é o desafio que temos assumido na Rede Municipal de Ensino do município de Engenho Velho.
Para isso o nosso município conta com a Sala de Recursos Multifuncional, a qual é um serviço especializado, de natureza pedagógica, que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns, da Educação Infantil e do Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano das Escolas Municipais.
Este atendimento é indicado para alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental que apresentam problemas de aprendizagem, com atraso acadêmico significativo, transtornos funcionais específicos e deficiência intelectual e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
Para frequentá-la o aluno deverá entre outras:
·         estar matriculado e frequentando a Educação Infantil e o Ensino Fundamental de 1º ao 5º Ano;
·         receber atendimento no contra turno, de acordo com as suas necessidades, com data e horários definido;
·         o aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum.
Os conteúdos a serem trabalhados não diferem daqueles propostos para o ensino fundamental, pelo Currículo Básico, com as devidas adaptações dos encaminhamentos metodológicos, atendendo às necessidades individuais.

6. EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL - PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O programa Mais Educação foi criado pela portaria Interministerial nº. 17/2007 aumentando a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades agrupadas em macro campos.
Este programa foi demarcado inicialmente para atender escolas que apresentem baixo IDEB (índice de Desenvolvimento na Educação Básica).
A Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha de Engenho Velho apresentou no ano de 2013 um IDEB de 3.3, sendo assim contemplada com o Programa Mais Educação, visando ampliar a possibilidade de ações pedagógicas buscando, como uma das alternativas, elevar este índice. O referido Programa terá início no ano de 2014.
Cada ano serão revistos os campos trabalhados conforme demanda da comunidade escolar.
No ano de 2014 os macros campos trabalhados serão:
·         CULTURA, ARTES E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL/Danças
·         ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO (OBRIGATÓRIA)/Campos do Conhecimento
·         ESPORTE E LAZER / Esporte na Escola/ Atletismo e múltiplas vivências esportivas (basquete, futebol, futsal, handebol, voleibol, xadrez)
·         CULTURA, ARTES E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL / Brinquedos e Artesanato Regional
 Para o desenvolvimento das atividades o Governo Federal repassa recursos para monitores, materiais de consumo e de apoio, segundo as atividades realizadas e que contemplam os macros campos trabalhados.

7. PROJETOS E AULAS DIVERSIFICADAS

É indispensável que a escola se reúna para discutir a concepção atual de currículo expressa tanto na LDB quanto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os diferentes níveis de ensino e também nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). A legislação educacional brasileira, quanto à composição curricular, contempla dois eixos:
·         Uma Base Nacional Comum, com a qual se garante uma unidade nacional, para que todos os alunos possam ter acesso aos conhecimentos mínimos necessários ao exercício da vida cidadã. A Base Nacional Comum é, portanto, uma dimensão obrigatória dos currículos nacionais e é definida pela União.
·         Uma Parte Diversificada do currículo, também obrigatória, que se compõe de conteúdos complementares, identificados na realidade regional e local, que devem ser escolhidos em cada sistema ou rede de ensino e em cada escola. Assim, a escola tem autonomia para incluir temas de seu interesse.
·         Contemplar a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
·         Contemplar a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que determina a presença do ensino de música nas escolas de educação básica.
É através da construção da proposta pedagógica da escola que a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada se integram. A composição curricular deve buscar a articulação entre os vários aspectos da vida cidadã (a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura, as linguagens) com as áreas de conhecimento (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua Estrangeira, Educação Artística, Educação Física e Educação Religiosa).
Desta forma a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha trabalhou no ano de 2013 em sua Parte Diversificada as seguintes temáticas:
Música; Dança, Educação Física, Informática e Kaingangue.
Cada ano serão revistos os campos trabalhados conforme demanda da comunidade escolar.
Além disso, a escola trabalha com a Metodologia de Projetos com temáticas pertinentes a realidade educacional e a demanda da comunidade escolar.

8. AÇÕES CONCRETAS A SEREM REALIZADAS E ORIENTAÇÕES PARA A AÇÃO NA ESCOLA


“Na história se faz o que se pode e não o que se gostaria de fazer. Uma das grandes tarefas políticas que se deve observar é a perseguição constante tornar possível amanhã o impossível hoje” (Paulo Freire, 1992).


8.1 Ações Concretas


·         Construir uma quadra de esportes para a Educação Física;
·         Promover cursos de aperfeiçoamento e atualização aos professores, pais e alunos;
·         Prover a escola de todos os materiais de ensino, consumo, materiais didáticos, pedagógicos e de higiene e conservação do prédio.
·         Receber visitar periódicas durante o ano letivo da SMEC, para realizar acompanhamento periódico do processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
·         Realizar junto aos segmentos escolares a criação do Conselho Escolar.
·         Propiciar assistência odontológica, psicológica e médica aos alunos da Escola Osvaldo Aranha, que necessitam deste atendimento.
·         Apoiar e incentivar a participação dos pais nas reuniões e atividades desenvolvidas na escola.
·         Proporcionar condições ao Ensino Fundamental para o efetivo desempenho das atividades com materiais, serviços e recursos humanos.
·         Realizar junto à comunidade um resgate do acervo histórico da Reserva da Serrinha.
·         Manter um Conselho Escolar atuante e participativo, promovendo assim uma gestão escolar democrática.
·         Solicitar a participação do Conselho Escolar na organização e no planejamento do calendário escolar, no projeto pedagógico da escola, na avaliação dos resultados finais da instituição.
·         Apoiar e incentivar as entidades sociais, esportivas, culturais e religiosas, proporcionando a integração dos diversos segmentos da comunidade.
·         Realizar mostras de oficinas pedagógicas.
·         Realizar visitas de estudo e lazer.
·         Confraternizar com entrega de presentes no dia do estudante e da criança para todos os alunos da escola.
·         Confraternizar com entrega de doces em comemoração a Páscoa e Natal.
·         Confraternizar com entrega de presentes no dia do professor para todos os docentes e funcionários da escola.
·         Confraternizar com entrega de lembranças no dia das mães e pais com toda a comunidade escolar.
·         Promover a integração e a parceria com professores e alunos de outras escolas da rede Municipal e Estadual.
·         Promover parcerias com as secretarias: Educação, Saúde, Agricultura, Assistência Social.
·         Realizar parcerias com EMATER e outras entidades ou empresas que venham a beneficiar a qualidade educacional escolar.
·         Manter o Transporte Escolar no Ensino Fundamental e na Educação Infantil.
·         Oferecer o transporte aos alunos, portadores de necessidades especiais, quando for necessário.
·         Acompanhar e avaliar a prática pedagógica dos professores na escola.
·         Acompanhar e avaliar as práticas dos funcionários da escola.
·         Implantar o um Plano de Carreira para os funcionários de escola.
·         Rever o plano de Carreira dos Professores.
·         Estudos aprofundados dos Planos de Estudos e Projeto Político Pedagógico da escola.
·         Proporcionar espaços de estudos pedagógicos aos professores e funcionários da escola.
·         Adquirir materiais pedagógicos para fonte de pesquisa (jornais, revistas, livros, coleções de livros pedagógicos, para todas as séries e recursos audiovisuais (CD e DVD) e outros).
·         Adquirir uma linha telefônica para a escola.
·         Adquirir uma máquina xerográfica para a escola.
·         Adquirir recursos audiovisuais (projetor multimídia e caixa de som amplificada) para a escola.
·         Buscar parcerias com a comunidade escolar para elaborar a arborização e jardinagem da escola.
·         Construir Horta na escola.
·         Desenvolver campanhas de saúde preventiva como: Saúde Bucal e Nutricional.
·         Promover a participação de toda a comunidade nas festividades alusivas da escola.
·         Promover a participação da escola nas atividades alusivas desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de nosso município.
·         Trabalhar através de projetos com apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
·         Divulgar as experiências concretas de transformação que a escola está realizando no dia a dia.
·         Exercitar a autonomia e interdependência dos serviços com a participação efetiva do Conselho Escolar e CPM da escola.
·         Exigir qualificação dos recursos humanos (professores e funcionários), encaminhando-os a cursos de habilitação e atualização em suas áreas de atuação.
·         Promover um curso de aperfeiçoamento aos funcionários, Conselho Escolar e CPM da escola.
·         Promover a valorização da cultura afro e indígena através de oficinas temáticas, mostra de trabalhos artesanais e culturais, mostra de danças artísticas e culturais desses povos, assistir a filmes, vídeos e documentários relacionados ao tema em questão.
·         Promover palestras aos pais e comunidade escolar com temas previamente selecionado pelos mesmos.
·         Contratar um monitor para ensinar artesanato indígena.
·         Melhorar os computadores da sala de informática.
·         Adquirir ar condicionado para as salas de aula.
·         Construir sala multimídia e de reuniões na escola.
·         Fechar o espaço aberto da escola para refeitório ou a construção de um refeitório.
·         Adquirir mais computadores para o administrativo da escola.
·         Valorizar a cultura e os costumes trazidos da África e incorporados à cultura brasileira, bem como os costumes dos indígenas brasileiros;
·         Preservar, incentivar e valorizar as manifestações culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes brasileiros população indígena;
·         Desmistificar ideias e concepções (pré) adquiridas e geralmente carregadas de sentidos negativos e desvalorativos;
·         Efetuar pesquisa visando o conhecimento sobre as diversificadas etnias;
·         Construir um novo olhar sobre a história nacional/regional local e ressaltar a contribuição dos africanos e indígenas na constituição da nação brasileira;
·         Realizar oficinas: práticas de pinturas em telas e paredes, música, teatro, etc...
·         Construir a autoestima dos afro-brasileiros e dos indígenas por meio de relações mais humanitárias, conscientizando-os de que cada etnia, por meio de sua cultura, contribui para a formação de um povo único.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. 2013.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. RESOLUÇÃO Nº 5, DE 22 DE JUNHO DE 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica.

____. PARECER CNE/CEB Nº 13/2012. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1997.

____. Educação como Prática de Liberdade. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

____, SHOR, Ira. Medo e Ousadia – o cotidiano do professor. 4 ed. Rio de Janeiro, Graal, 1992.

GADOTTI, Moacir. Diversidade cultural e educação para todos. Rio de  Janeiro, Graal, 1992.

____. Escola cidadã. São Paulo: Cortez, 1993. 78p.

GANDIN, Danilo. A prática do Planejamento Participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e governamental. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento plano de ensino- aprendizagem e projeto educativo – elementos metodológicos para elaboração e realização. São Paulo, Libertad, 1995 (cadernos Pedagógicos do Libertad; v.1).

VEIGA, Ilma Passos (Org). Projeto Político da Escola: uma construção possível. 2. ed., São Paulo, Papirus, 1996.

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