ESCOLA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL OSVALDO ARANHA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Linha Bela Vista
ENGENHO
VELHO/RS – 2014
“Todo
jardim começa com um sonho de amor.
Antes
que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago seja construído, é preciso
que as árvores e lagos tenham nascido dentro da alma.
Quem
não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora.
E
nem passeia por ele...”
(Rubens
Alves, 1998)
1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico
é fruto da ação conjunta de professores, pais, alunos, funcionários, equipe
diretiva e comunidade escolar num processo contínuo de estudos, reflexões,
debates e discernimento no desejo de que, efetivamente, ele seja um instrumento
de orientação de nossas práticas pedagógicas.
A educação, os objetivos do
ensino, aos valores, à visão de homem e de mundo expressam a intencionalidade e
o desejo do grupo.
O Projeto Político Pedagógico
pretende ser um referencial para a escola, delineando, sempre mais, a autonomia
e a gestão democrática da mesma.
O Projeto mexe com ânimo e
com engajamento da comunidade escolar, pois cada um passa a sentir-se autor e
responsável pelo crescimento do grupo e pela boa operacionalização das
atividades. A escola passa a ser o lugar onde ocorre a organização da esperança
em uma vida melhor, econômica, social e culturalmente.
2. JUSTIFICATIVA
É inegável que o momento
atual exige dos homens novos pensamentos e atitudes. Percebem-se em todos os
aspectos: profissional, familiar, religioso e social, as influências e as
consequências das mudanças e transformações ocorridas ao longo do processo de
formação da humanidade.
Acredita-se que a grande
maioria das pessoas aspira sempre uma vida melhor, mais harmonia, menos violência,
mais compreensão e amor entre os homens. Enfim, quantidade e qualidade de
bem-estar são desejos constantes a permear a vida de todos.
A reestruturação do Projeto
Políticos Pedagógico vem contemplar as inovações necessárias a real formação do
cidadão há que se respaldar em princípios e valores que propiciem à
humanização, como a solidariedade, a justiça, a cooperação, o saber e o prazer
entre outros.
Nosso desejo é que toda a
comunidade escolar: pais, alunos, funcionários, professores, direção e comunidade
escolar, são nossos parceiros nesta busca. Educar para a cidadania e a
cooperação implica em trabalhar num espaço onde valores. Estão em primeira
ordem: a autonomia, o respeito e a ética e a cultura diferenciada.
3.1
Marco Situacional: expressa como o grupo percebe a realidade global em seus problemas
desafios e esperanças
A educação está na pauta das
discussões mundiais, sendo regida pelos mecanismos internacionais, os quais
atende a interesses de um sistema neoliberal, que tende a uma massificação cada
vez maior do capitalismo e consumismo desenfreado. Esse modelo econômico
baseia-se no princípio de que o mercado é quem define as relações econômicas,
aponta para uma diminuição da presença do Estado na economia (neoliberalismo).
O estado deverá ter suas ações voltadas para as políticas sociais como:
educação, segurança, saúde e habitação.
No entanto, a economia
mundial se baseia cada dia mais, nos conglomerados econômicos, com sede nos
países ricos e no capital especulativo, que é o grande responsável pelas crises
na economia mundial, em especial dos países emergentes, cujos governos, no
intuito de saírem das crises procuram empréstimos, aumentando suas dívidas
externas e submetendo sua economia aos interesses de instituições financeiras,
como o FMI, BIRD, ONU, que ditam planos econômicos recessivos, geradores de
arrochos salariais, desemprego em massa e miséria, contribuindo assim para o
aumento da desigualdade social.
No final do milênio, os
dividendos das importantes descobertas e dos progressos científicos e
tecnológicos da humanidade convivem com desencantamento e desesperanças,
alimentados por problemas que vão do aumento de desemprego e do fenômeno da
exclusão, inclusive nos países ricos, à manutenção dos níveis de desigualdade
de desenvolvimento nos diferentes países. O aumento das interdependências entre
nação e regiões contribui para colocar o foco nos diferentes desequilíbrios,
entre ricos e pobres, como também entre “incluídos” e “excluídos” socialmente,
no interior de cada país; com a extensão dos meios de informação e de
comunicação evidenciaram-se também modos de vida e de consumo de uma parcela
dos habitantes do planeta em contraposição a situações de miséria extrema. A
globalização, embora aproxime os diversos povos, aumentando o intercâmbio entre
as culturas diferentes, aprofunda a crise econômica dos países que não detêm
tecnologia de ponta, levando-os a fecharem várias indústrias, que não conseguem
concorrer com grandes monopólios, seguindo assim a lógica da relação entre
dominados e dominantes. Nessa nova forma de organização geopolítica, os países
industrializados desenvolvidos, dificultam a democratização do conhecimento
científico para os mais pobres.
A situação é agravada pela
situação social que se complica mais através de atitudes comprometedoras como
violência, corrupção e crime organizado, que são frutos de grupos que
privilegiam o consumo desmedido, a ganância do poder e da riqueza.
Também a falta de ideologia
humanizadora de alguns políticos brasileiros em relação à situação atual em que
o país se encontra: governantes abusam do poder em benefício próprio.
Vivemos uma multi-degradação:
a da atividade econômica, das identidades culturais, da espécie humana e da
natureza. A sociedade pós-moderna está depredando, poluindo e dificultando a
sobrevivência no planeta. Nota-se a falta de cuidados com a natureza, com a
vida e com o Planeta.
O estado do Rio Grande do Sul
economicamente se destaca a nível nacional, pelo seu desenvolvimento agrícola,
pela exportação, pelo comércio, pela indústria, pela tecnologia e
características geográficas.
O RS é um estado com boa
qualidade de vida, sendo sua população uma das mais conscientes politizadas e
trabalhadoras, em relação à de alguns estados do país.
Diante dos desafios do
momento presente, marcado pelo avanço tecnológico, pela globalização das
comunicações, pelos novos processos produtivos e pelos padrões culturais
torna-se relevante, a reflexão sobre cidadania, suas influências e suas
relações com a área educacional.
Não se pode, porém, ficar num
“vazio” de mundo. É preciso participar do processo de gestão deste mundo que
queremos de maneira mais consciente e livre, com autonomia e ação
participativa.
Se por um lado nos animam
sinais de esperança, por outro lado, vive-se um momento de grandes
turbulências, dúvidas, inquietações e polêmicas. Desse modo, não se pode e nem
se deve perder de vista que é o universo da ESPERANÇA de um mundo melhor e
menos excludente, que nos impulsiona a buscar saídas, possibilidades, em meio
aos limites que a realidade impõe. Desta forma cada um fazendo a sua parte para
a construção de um mundo melhor.
3.2
Dados Gerais sobre o Município de Engenho Velho
·
Micro-região: Colonial de Iraí
·
Mesoregião: Norte-Riograndense
·
Região Geográfica: Sul
·
Localização Geográfica: Médio Alto Uruguai
·
Distância de Porto Alegre: 385 Km
·
Altitude da sede: 504 metros
·
Longitude: Entre 52º52’ a 52º58’ Oeste
·
Latitude: Entre 27º37’ Sul a 27º44’ Sul
·
População: 1.527 habitantes (Censo 2010)
·
Data de emancipação: 20/03/1992
·
Base da Economia:
-Agricultura de soja, trigo,
milho, feijão;
-Pecuária Leiteira;
-Comércio;
- Serviços.
·
Total de eleitores: 1.070
·
Porte do Município: Pequeno
·
Área: 71 km²
3.3
Histórico do Município de Engenho Velho
O Município de Engenho Velho
localiza-se na região fisiográfica do Estado do Rio Grande do Sul, denominada
Alto Uruguai, com uma área de 71 km2 e a 385 km de distância da Capital do Estado.
Limitando-se ao Norte com Três Palmeiras e Constantina, ao sul com Rondinha e
Ronda Alta, a leste com Ronda Alta e a Oeste Constantina.
Até por volta de 1920, o município
de Engenho Velho, constitui-se de um minúsculo povoado margeando o Arroio
Lajeado dos Lopes, cujas terras na sua maioria pertenciam ao Sr Antônio Valério
(vulgo Capitão Valério) que por ser uma família numerosa, o lugarejo era
conhecido por povoado dos Valérios.
As terras situadas à margem
direita da bacia do Lajeado Grande, principal Rio do Município, a partir da
cabeceira do Arroio dos Índios constituíam-se em reserva indígena e Florestal.
A madeira da região atraiu as
famílias Cameloti e Tesser descendentes de Italianos que saíram da região
colonial da serra para aqui instalarem Serraria, que para trabalhar nela teria
vindo mais tarde os irmãos Luzzatto.
A partir da década de 1940 o
povoamento da região se intensificou com a chegada de mais famílias, e com o
passar dos tempos, a madeira foi escasseando e a primeira Serraria (de propriedade
de Camelotti e Tesser) a qual era chamada pelos Italianos de “Engenho”, foi desativada.
Daí a origem do segundo nome do povoado “ENGENHO VELHO”
Depois de muitas negociações,
conseguia-se junto à comissão de Justiça da Assembleia Legislativa do Estado,
juntamente com o poder executivo do mesmo a aprovação do Plebiscito que decidiria
sobre a emancipação.
O Município de Engenho Velho
foi criado pela lei Estadual nº 9.619 de 20 de março de 1992.
A partir de 1996, o município
passa por uma enorme transformação, pois os índios Kaingang, retomam o direito
a posse da reserva da Serrinha, então cerca de 53% da área do município de Engenho Velho se torna
reserva indígena. Os colonos brancos foram indenizados, e deixaram as terras da
reserva. A população indígena começa a chegar ao município, que vive um novo
momento histórico e inicia-se a convivência entre brancos e índios. Com isso muita
população branca saiu e foram para outros municípios, aumentando assim a
população indígena, que por serem um povo nômades, ficam um tempo e mudam de
residência, estão em constante movimentação.
A população atual é de 1527 habitantes
sendo que destes 742 são homem e 758 são mulheres sendo sua densidade
populacional de 21,45 hab/km², com uma formação composta por aproximadamente 50%
italianos, 35% de descendentes indígenas, 15% de outras etnias.
A principal atividade
econômica está vinculada a agricultura, concentrando-se nas culturas de soja,
milho e trigo, desenvolvendo-se também a agropecuária leiteira.
Na tentativa de evitar o
êxodo rural o município, através do Departamento da Agricultura e EMATER, tem
procurado incentivar a permanência dos agricultores em suas propriedades,
oferecendo incentivos, tais como: implantação de rede de abastecimento de água,
eletrificação rural, melhoria de residências, patrulha agrícola, fornecimento
de sementes, através do sistema troca-troca de semente.
Em relação à saúde no
município, há uma grande preocupação por parte da administração, em atender a
todas as solicitações do povo, sem discriminação. A saúde é municipalizada, e
os pacientes são atendidos no posto de saúde, e se necessário encaminhados ao
Hospital São Rafael do Município. No que se refere aos casos mais graves são
encaminhados aos centros maiores como Sarandi ou Passo Fundo.
O comércio do município está
se estruturando para atender melhor a população, sendo que ainda a população
necessita de complementos em municípios vizinhos.
No
que tange o setor econômico, as famílias deste município são de baixo poder
aquisitivo, na sua maioria dependendo da agricultura, meio pelo qual tiram seu
sustento.
A
questão religiosa também sofreu modificações, novas crenças se instalaram no
município. Porém a população aceita isso com naturalidade e respeita a opção de
cada um.
3.4
Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha
·
Educação Infantil: Jardim: 4 anos e Pré escola: 5 anos
·
Ensino Fundamental: 1ª à 5ª Ano
·
Total de alunos: 68 (2014)
·
Corpo Docente: 09
·
Diretor: 01
·
Coordenador Pedagógico: 01
·
Funcionários: 04
A escola municipal de Ensino Fundamental
Osvaldo Aranha, localizada na Linha Bela Vista no município de Engenho Velho,
na Reserva da Serrinha. A Escola Osvaldo Aranha tem seu funcionamento
oficializado pelo decreto de criação nº 111/74 e o Decreto de Reorganização nº
14/76. Desde o início de seu funcionamento manteve o mesmo nome (OSVALDO
ARANHA), localizava-se na Linha Polita, foi mantida como escola Pólo durante
muitos anos, mas em 2004, o prédio da escola queimou e a mesma foi transferida
para a localidade de Linha Bela Vista onde está atualmente.
Atualmente a escola possui os
seguintes espaços: sala de direção, uma cozinha, duas instalações sanitárias e quatro
salas de aulas em bom estado e espaço de recreação aberto. Também tem
disponível sala de informática, anexa a biblioteca, depósito de materiais e de
alimentação a qual não fica no mesmo prédio, mas no antigo prédio da escola,
pois uma fica próximo a outra.
A escola conta com uma
comunidade de pais pouco atuantes, pois colaboram muito pouco com as atividades
desenvolvidas na mesma. Está instituído na escola o CPM, que também tem pouca
atuação no âmbito escolar, por isso há necessidade de realizar um trabalho entre
escola e família, para melhorar o compromisso da mesma com a escola.
Oportunizando, com isso, a comunidade escolar desempenhar suas funções da
melhor forma possível mediante a sua realidade e visando uma educação de qualidade
com o compromisso da formação de cidadania e respeito pelas diversidades
culturais.
Em 2014 a comunidade escolar
resolveu alterar o nome da escola, já que está inserida na comunidade indígena
e contem 100% de alunos indígenas. Esta foi renomeada em língua kaingang que
significa “Bela Vista”, uma reivindicação da comunidade escolar para que as
crianças sintam-se mais comprometidas com a escola. A escola, a partir de 2015,
passará a denominar-se ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
PÃVÃNH HÁ.
3.5
Marco Doutrinal: expressa a Utopia Social do Grupo, “Para Que Direção nos
Movemos”
Mediante a situação mundial
vista no Marco Situacional optamos por ajudar a promover a construção de uma
sociedade:
·
democrática
para o seu ajustamento social e cultural;
·
capaz
de conviver de forma mais aberta à contribuição do outro com respeito às
diferenças culturais;
·
pluralista
em sua forma de acolher as relações com o diferente;
·
consciente
em seu papel no meio em que vive e que ao mesmo tempo seja humanizadora;
·
onde
todos tenham oportunidades de pensar, mudar, transformar para o novo;
·
que
seja fraterna, igualitária, dialógica, ecologicamente equilibrada e
comprometida em todas as suas formas.
A escola precisa perceber o
aluno capaz de conviver com os avanços tecnológicos, humanizando-os em favor da
sociedade.
A principal função da escola
é formar cidadãos com consciência de suas raízes históricas, capazes de afirmar
a sua identidade.
Proporcionar ao homem a
realização integral, abrindo caminhos à transformação social.
O homem como centro do
processo, ser crítico, questionador, dialógico e que busque constantemente sua
libertação pessoal e transformação da realidade em que vive.
Os valores do ser humano
devem ser trabalhados de forma que atinjam a plenitude em seu desenvolvimento e
no relacionamento na sociedade.
O homem, por ser criado a
imagem e semelhança de Deus, para ser feliz é preciso, que ele se ame e tenha
confiança em si próprio, para poder irradiar felicidade e confiança aos outros.
A plena felicidade é adquirida através do amor a Deus, da fé vivenciada e do
pleno conhecimento que o amor fraterno conduz à justiça e a solidariedade;
transformando a sociedade, de modo a fazê-la mais feliz, livre de preconceitos
e individualismos.
A família é à base da
sociedade. É nela que nascem os integrantes desta sociedade. Os valores morais,
culturais, sociais e educacionais são estruturados neste primeiro grupo social.
O homem constrói a sua
história a partir de sua vivência, da experiência e da busca de conhecimentos.
É coerente, honesto,
comprometido com a verdade e, por isso, tem consciência política e ideológica,
capaz de abrir mão de suas convicções, é aberto ao diálogo e às mudanças que
acontecem no contexto histórico- social.
Na sociedade ideal, os homens
se revelam cidadãos conscientes que lutam pela sua sociedade, em benefício do
amor a terra, da preocupação com a produção de alimentos naturais, da
preservação do solo e do meio ambiente, em busca de condições básicas de
sobrevivência.
O ser humano, dotado de
inteligência, torna-se capaz de conhecer e decidir sobre si mesmo e sobre o
mundo, através de seu conhecimento, descobre suas potencialidades científicas e
culturais. A partir desses conhecimentos, o homem estabelece conceitos e
princípios, alcança sua auto-realização e luta para atingir seu crescimento
pessoal, cultural e profissional.
Mas é inegável que o momento
atual exige dos homens, novos pensamentos e atitudes. Percebem-se em todos os
aspectos (profissional, familiar, religioso, social e cultural) as influências
e as consequências das mudanças e transformações ocorridas ao longo do processo
de formação da humanidade.
Acredita-se que a grande
maioria das pessoas aspira sempre uma vida melhor, mais harmonia, menos
violência, mais compreensão e amor entre os homens. Enfim, quantidade e
qualidade de bem-estar são desejos constantes a permear a vida de todos.
Na real formação do cidadão
há que se respaldar em princípios e valores que propicie a humanização, como a
solidariedade, a justiça, a cooperação, o saber e o prazer entre outros.
O desejo é que toda a
comunidade escolar (pais, funcionários, alunos, professores e equipe diretiva)
são nossos parceiros nesta busca. Educar para a cidadania e a cooperação
implica em trabalhar num espaço onde valores estão em primeira ordem: o
respeito à diversidade e a ética.
Acredita-se que para uma
educação de qualidade, precisamos com urgência proporcionar ao aluno o
despertar para uma utopia a busca de um ideal, a busca da auto-realização
pessoal e coletiva da comunidade que estamos inseridos. Para com isso despertar
no aluno a importância de sua auto-estima, princípio fundamental para uma
auto-realização. Nada mais urgente que acreditar em um mundo melhor, e procurar
fazer a nossa parte para que essa construção venha acontecer.
A educação na escola deverá
ser fundamentada nas Diretrizes Curriculares Nacionais Da Educação Básica,
observando o que descreve especialmente sobre a Educação Indígena no Parecer
CNE/CEB Nº 13/2012 bem como a Resolução Nº 5, de 22 de junho de 2012 que
“Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na
Educação Básica”.
MISSÃO:
Nossa Missão é oferecer um
ensino de qualidade, garantindo a participação ativa da comunidade escolar,
contribuindo para a formação integral dos alunos, para que eles possam agir
construtivamente na transformação de seu meio.
VISÃO
DE FUTURO:
Realizaremos nosso trabalho
de maneira eficaz, segura e responsável, respeitando nossos alunos, pais,
colaboradores, comunidade e o interesse público.
NOSSOS
VALORES:
·
Respeito:
respeitamos a dignidade e os direitos de cada pessoa em nossa escola.
·
Participação:
trabalhamos em equipe, com forte senso de comprometimento e solidariedade.
·
Igualdade:
tratamos com equidade nossos alunos e colaboradores respeitando as necessidades
e a capacidade de cada um.
·
Valorização:
incentivamos, valorizamos e reconhecemos as contribuições individuais e
coletivas de nossos alunos e colaboradores.
·
Ética:
trabalhamos com elevado senso de comprometimento e colaboração no alcance dos
objetivos institucionais (não mexer nas coisas dos outros).
·
Sinceridade.
·
Amizade.
·
Solidariedade:
valorização o espírito coletivo, comprometimento e colaboração no alcance dos
objetivos institucionais.
·
Criatividade:
apoiamos a criatividade e a inovação individuais, valorizando as ações
empreendedoras, criativas e flexíveis.
3.6
Marco Operativo: expressa o Ideal de Prática a ser Vivenciadas e contribui para
uma Sociedade Almejada
Comprometidos em ajudar na
construção da sociedade e do ser humano, descritos no Marco Doutrinal,
reafirmamos a opção por uma educação integral da pessoa, construir uma nova
escola, fundamentada nos rudimentos da autonomia, da solidariedade, da
participação, respeito, democrática e do compromisso maior com o aluno cidadão,
compreendido como homem social, responsável, participativo, político e
produtivo, respeitando seus valores culturais.
A educação deve estar
comprometida com a humanização como busca de uma realização pessoal e grupal,
além de oportunizar a compreensão da realidade e a democratização da tecnologia
como meio de propiciar o bem estar de todos.
Por isso tem-se como
referência a percepção de que o processo pedagógico deva partir da organização
do coletivo da escola, compreendendo os alunos, os professores e a comunidade,
sendo que uma das características deste fazer pedagógico é partir das práticas
vivenciadas e das necessidades de vida. Estas práticas vivenciadas, motivadas
diretamente pelas necessidades da vida constituem-se no espaço onde as pessoas
constroem seus referenciais básicos de percepção do mundo e da realidade (saber
prático). Este saber caracteriza-se pela pouca possibilidade de saber “ler”,
analisar, refletir e pensar sobre o cotidiano evidencia, portanto, uma relação
tênue e insuficiente com o conhecimento mais complexo da filosofia, das
ciências e da história, construídos através das relações interpessoais e
sociais históricas da humanidade.
Partindo deste pressuposto, o
FAZER PEDAGÓGICO exige um movimento constante de problematizarão do fazer e do
pensar sobre a pratica, gerando uma ação recriada com um nível de reflexão que exige
que desafia a busca e a apropriação de conceitos mais complexos permitindo às
pessoas participantes deste processo modificarem-se a si mesma e as suas
práticas, nas interações mediadas pelo continuo movimento do seu fazer social.
Dizendo de outra forma, a construção desse processo de ensinar e aprender se
constrói partindo da realidade social mais próxima e presente na vida dos
sujeitos envolvidos, de onde fazem e pensam sobre seu fazer, constituindo
necessidades e buscas.
Assim o conhecimento move-se
e complexifica-se na medida em que a prática pedagógica constitui espaços
coletivos de aprendizagem capazes de interagir, trocar, de ensinar e aprender
com e partindo dos diferentes saberes práticos e teóricos presentes naquele
contexto.
Cada contexto, cada tempo,
cada indivíduo ou grupo social constitui-se de uma multiplicidade de percepções
e sentidos, frutos da forma como vivenciou e do significado que atribuiu ao
vivido. Esta multiplicidade permite um pensar reflexivo sobre as possibilidades
de construir permanentemente as ações pedagógicas que considerem a forma de
organizar o espaço escolar junto às crianças.
Em síntese, a escola, para
exercerem a função social aqui proposta, precisa possibilitar o cultivo de bens
culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos,
dos pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos
diretamente no processo educativo. É nesse Universo que o aluno vivencia
situações diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira
competente com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir a
ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente
da vida científica, cultural, social e política, do município, do estado, do
país e do mundo.
A avaliação está em processo
de transição devido à legislação vigente. Com isso a escola passa a implantar
nossos sistemas de avaliação sendo que no 1º, 2º, 3º Anos a avaliação é por
parecer onde os alunos não ficam retidos. Já no 4º e 5º Anos a avaliação ainda
é classificatória, desta maneira ele é avaliado pelo desenvolvimento cognitivo
em relação ao ensino e aprendizagem. Sendo assim, a avaliação é eclética por
ser uma decisão dos pais e dos alunos em reunião referente ao PPP.
A avaliação não tem como
pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos
e processos de aprendizagem diferentes. Mesmo sendo classificatória ela observa
o aluno como um todo.
Neste aspecto,
desenvolveremos um processo de avaliação contínua da comunidade educativa,
valorizando a construção das diversas competências e habilidades por área de
conhecimento, como um meio de diagnosticar o que ainda não foi apreendido e
vivenciado por educando e educador. Com resultado, redimensionaremos o
planejamento para facilitar novas descobertas e a reconstrução dos
conhecimentos, favorecendo, desta forma, a auto-avaliação.
Para isso acontecer, devemos
ser professores comprometidos, entusiasmados, politizado, críticos, sensíveis às
transformações sociais, mediadores da aprendizagem, estimulando os alunos a
serem protagonistas da história, capazes de transformá-la com autenticidade e
coerência, conscientes das suas responsabilidades no processo
ensino/aprendizagem, através de uma relação dialógica, que favoreça a
integração entre os vários setores da escola e a realização de projetos
interdisciplinares.
Os envolvidos no processo
educativo precisam estar comprometidos com objetivos que norteiam o Projeto
Político Pedagógico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha de
Engenho Velho, formando assim um grupo unido entre os profissionais da
educação, trabalhando em harmonia com as escolas e que lutam por uma educação
de qualidade, de fato, voltada para a construção de uma sociedade
verdadeiramente democrática, ética, justa e solidária.
Nossa força aumenta na medida
em que fazemos nosso trabalho com amor, transformando o ambiente escolar num
local onde o estudar e o aprender aconteça com alegria formando um ser humano
mais feliz e realizado, com uma formação cidadã, a qual vise melhorar a
qualidade de vida da comunidade indígena onde a escola está inserida.
3.7 A articulação da Creche
e Educação Infantil com o Ensino Fundamental, garantindo a especificidade do
atendimento das crianças
Na educação
infantil, nosso trabalho tem por objetivo propiciar a ampliação dos interesses
e conhecimentos das crianças, além de estimular conquista da independência e a
cooperação no processo de socialização.
Sempre em
parceria com a família, visamos à formação de cidadãos com valores sólidos e
conscientes de seu papel social, pois não basta compreender a realidade: é
preciso utilizar o que se aprende na escola como instrumento para a
transformação, contribuindo para a construção de um mundo mais fraterno e
solidário. Esse projeto implica em reuniões periódicas com os pais (coletivas e
individuais) incorporando-os continuamente ao trabalho escolar, de forma que,
juntos, possamos construir uma cultura comum.
A
infância entendida como período da vida do ser humano, que vai do nascimento, a
puberdade, é uma situação historicamente desenvolvida e analisada, sendo que
nos dias atuais, a infância deve permitir um sujeito de direitos de necessidades
físicos, cognitivos psicológicos, emocionais e sociais.
Segundo
os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil - volume I, desde
que nasce a criança possui um papel social embasado na dialética história x
cultura da sociedade onde se encontra inserida: “A criança, não é uma
abstração, mas um ser produtor e produtivo da história e da cultura”.
Dentro
desta visão de infância, a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Osvaldo Aranha pretende proporcionar as crianças não somente
cuidados necessários ao desenvolvimento biológico, mas oportunizar um espaço,
um atendimento e um processo de aprendizagem que auxilia as crianças para as
próximas etapas da vida.
A
Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Osvaldo Aranha abrange crianças de 0 a 6 anos e seu foco principal é a
construção da identidade, a socialização e a importância do brincar, da leitura
e da escrita. O trabalho pedagógico busca favorecer o desenvolvimento da
autoconfiança, da autoestima, do conhecimento de si mesmo, de atitudes e
valores necessários ao convívio social, da capacidade de expressão, bem como
despertar, estimular e atender a curiosidade da criança quanto à leitura, a
escrita e a percepção de números de forma, a saber:
·
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades, desejos, de
forma a enriquecer sua capacidade
expressiva; fazer-se entender e ser entendido;
·
estabelecer a relação de causa e efeito;
·
ser capaz de distinguir diferenças e semelhanças, classificar e
seriar;
·
estabelecer sua posição no espaço em relação a objetos e
pessoas;
·
compreender a finalidade da leitura e da escrita;
·
adquirir a noção de quantidade de 1 a 9;
·
sabe somar e subtrair concretamente;
·
conhecer a importância do meio ambiente.
A
ação pedagógica concretiza-se pelos seguintes eixos de trabalho:
·
Linguagens
·
Raciocínio lógico-matemático
·
Conhecimento de Mundo
·
Formação pessoal e Social
·
Movimento
·
Sensibilidade artística
É com esta
visão e neste contexto que a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Osvaldo Aranha traz em
sua proposta ações que venham a contribuir na formação da criança,
desenvolvendo situações propícias nas quais ela é estimulada pelos educadores a
examinar, explorar, construir significações, possibilitando um ensino de
qualidade. E para isso conta-se com a participação dos pais e comunidade
escolar nas atividades desenvolvidas na escola.
4.
DIAGNÓSTICO ESCOLAR
O diagnóstico mostra que na
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha,
houve pouco avanço na consciência, na participação do processo de planejamento
participativo.
Os pais em geral, estão sendo
informados sobre a proposta educacional da Escola. Há dificuldade de
envolvê-los no processo educativo: alguns pais delegam à escola totalmente, a
responsabilidade da educação dos filhos; alguns pais demonstram interesse,
vindo à escola, algumas vezes no decorrer do ano letivo.
Através da participação dos
pais, alunos, funcionários e professores da escola, foi possível conhecer a
realidade dos alunos, sujeitos do processo ensino-aprendizagem, através de
reuniões com os alunos, pais, professores, funcionários e supervisão da SMEC,
através de questionamentos e reflexão, para uma tomada de consciência sobre a
importância da participação dos mesmos, na construção da escola que queremos.
A Secretaria Municipal de
Educação e Cultura do município oferece vagas suficientes para abrigar todos os
alunos em idade escolar e oferece material escolar e didático necessário,
merenda e transporte escolar a todos os alunos da escola.
A Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha está localizada no
interior do município de Engenho Velho, na Linha Bela Vista contando com os
seguintes profissionais: 02 serventes, 02 merendeiras, 09 professores: um
trabalha com a Língua Kaingangue, um como professor de Educação Física, um como
professor de Arte, 04 professores atuam do 1º ao 5º Ano e 02 professores da
Educação Infantil, 1 diretor da escola e 1 coordenadora pedagógica.
Os 68 alunos assim
distribuídos em séries (2014):
·
Jardim: 07
·
Pré-escola: 09
·
1º Ano: 06
·
2º Ano: 04
·
3º Ano: 14
·
4º Ano: 18
·
5º Ano: 10
Trabalhamos com crianças de
nível socioeconômico extremamente carente e nossos alunos são 100% indígenas.
Atualmente a escola possui os
seguintes espaços: sala de direção, uma cozinha, duas instalações sanitárias e
quatro salas de aulas em bom estado e espaço de recreação aberto. A escola
conta ainda com o espaço do prédio antigo que foi reformado e serve de espaço
para sala de informática e a biblioteca escolar assim como mais um banheiro e a
despensa para material escolar e de alimentação. O pátio escolar é todo
cercado. Porém, a escola não conta com quadra esportiva nem espaço apropriado
para a prática da Educação Física, também necessita de projeto de jardinagem e
de elaboração de horta escolar, assim como maior incentivo a cultura e
artesanato indígena.
A escola oferece às crianças café
da manhã, merenda e almoço de qualidade (quando os alunos precisam ficar nos
projetos) feita por merendeiras indígenas e o cardápio acompanhado por uma
nutricionista da prefeitura. Os produtos para a preparação são de ótima
qualidade, naturais e variadas, assim como a merenda é vistoriada pelo Conselho
Municipal de Alimentação.
Procuramos trabalhar
embasados nos três princípios Educar, Brincar e Cuidar, proporcionando
situações que desenvolvam as crianças em todos os aspectos: cognitivos,
psíquicos, emocionais e afetivos.
A Escola tem CPM escolar
organizado, o qual pode ser mais participativo e atuante na mesma. A escola
necessita organizar um Conselho Escolar para ajudar o CPM na organização e na
atuação na escola para que com isso o processo escolar aconteça. Pois sentimos
a necessidade de maior participação da família na escola assim como da comunidade
escolar como um todo.
Procuramos trabalhar de forma
dialógica, envolvendo assim todos os segmentos da escola, buscando desenvolver
uma educação de qualidade, apesar de todas as dificuldades encontradas na
escola.
4.1
Relação de Professores e Funcionários da Escola
Professor
|
Titulação
|
Disciplina
|
Série
|
Andreia Agostini Mistura
|
Pós-Graduação Completa
|
Currículo
|
Pré-escola
|
Daniela da Silva Aimi
|
Mestrado
|
Currículo
|
Jardim
|
Elisabete Floriano
(licença maternidade)
|
Ensino Médio completo
|
Bilíngue
|
Educação infantil e 1º ao 5° Ano
|
Genilda Antonio da Silva
|
Alfabetizada
|
Servente
|
Educação infantil e 1º ao 5º Ano
|
Ivete Teresinha Rissotto
|
Cursando Graduação
|
Diretor
|
Diretora
|
Jaquelina Dal Pupo Tabaldi
|
Pós-Graduação Completa
|
Currículo
|
5º Ano
|
José da Silva
|
|
Currículo
|
Educação Infantil e 1º ao 5º Ano
|
Marilete Pescador dos Santos
|
Pós-Graduação completa
|
Currículo
|
4º Ano
|
Marli Pedroso
|
Ensino Fundamental incompleto
|
Merendeira
|
Educação infantil e 1º ao 5º Ano
|
Noemi Fernandes
|
Ensino Fundamental incompleto
|
Servente
|
Educação infantil e 1º ao 5° Ano
|
Rosane Bedin Marcolan
|
Pós-Graduação Completa
|
Currículo
|
3º Ano
|
Rosangela Correa
|
Curso Superior Completo
|
Educação Física
|
Educação Infantil e 1º ao 5º Ano
|
Roseli dos Santos
|
Ensino Fundamental incompleto
|
Servente
|
Educação infantil e 1º ao 5° Ano
|
Vanusa Troial
|
Curso Superior Completo
|
Artes
|
Educação Infantil e 1º ao 5º Ano
|
Vera Danair Carpenedo
|
Mestrado em Políticas Públicas da
Educação
|
Coordenadora pedagógica
|
Educação infantil e 1º ao 5º Ano
|
Viviane Feldns
|
Pós-Graduação Completa
|
Currículo
|
1º e 2º Ano
|
4.2 Estatístico de alunos
Aprovados, Reprovados, Evadidos e Transferidos da Escola de 2012 e 2013
- 2012
ANO
|
APROVADO
|
REPROVADO
|
EVADIDO
|
TRANSFERIDO
|
TOTAL
|
1º Ano
|
12
|
0
|
0
|
01
|
13
|
2º Ano
|
16
|
0
|
01
|
0
|
17
|
3º Ano
|
08
|
03
|
0
|
02
|
13
|
4º Ano
|
09
|
0
|
01
|
01
|
11
|
5ª Ano
|
02
|
0
|
0
|
03
|
05
|
TOTAL
|
47
|
3
|
2
|
7
|
59
|
- 2013
ANO
|
APROVADO
|
REPROVADO
|
EVADIDO
|
TRANSFERIDO
|
TOTAL
|
1º Ano
|
04
|
0
|
0
|
01
|
05
|
2º Ano
|
09
|
0
|
0
|
06
|
15
|
3º Ano
|
17
|
0
|
0
|
03
|
20
|
4º Ano
|
09
|
0
|
0
|
04
|
13
|
5º Ano
|
09
|
0
|
0
|
05
|
14
|
TOTAL
|
48
|
0
|
0
|
19
|
67
|
5. SALA DE RECURSOS
MULTIFUNCIONAL
A
inclusão é um desafio permanente nos nossos dias. Nesse sentido, trabalhar na
perspectiva da inclusão de forma ampla significa oferecer múltiplas e sempre
singulares condições para o crescimento e aprendizagem de cada aluno/a. É
necessário formular políticas de inclusão e projetos político-pedagógicos que
contemplem a diversidade e incluam as crianças, jovens e adultos da nossa Rede
Municipal de Ensino, considerando as diferenças dos sujeitos e as
especificidades de suas culturas e aprendizagens, garantindo a equiparação de
oportunidades. Esse é o desafio que temos assumido na Rede Municipal de Ensino
do município de Engenho Velho.
Para isso o nosso município
conta com a Sala de Recursos Multifuncional, a qual é um serviço especializado,
de natureza pedagógica, que apoia e complementa o atendimento educacional
realizado em classes comuns, da Educação Infantil e do Ensino Fundamental de 1º
ao 5º ano das Escolas Municipais.
Este atendimento é indicado
para alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental que apresentam
problemas de aprendizagem, com atraso acadêmico significativo, transtornos funcionais
específicos e deficiência intelectual e que necessitam de apoio especializado
complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
Para frequentá-la o aluno
deverá entre outras:
·
estar
matriculado e frequentando a Educação Infantil e o Ensino Fundamental de 1º ao
5º Ano;
·
receber
atendimento no contra turno, de acordo com as suas necessidades, com data e
horários definido;
·
o
aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum.
Os conteúdos a serem trabalhados não
diferem daqueles propostos para o ensino fundamental, pelo Currículo Básico,
com as devidas adaptações dos encaminhamentos metodológicos, atendendo às
necessidades individuais.
6.
EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL - PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
O programa Mais Educação foi
criado pela portaria Interministerial nº. 17/2007 aumentando a oferta educativa
nas escolas públicas por meio de atividades agrupadas em macro campos.
Este programa foi demarcado
inicialmente para atender escolas que apresentem baixo IDEB (índice de
Desenvolvimento na Educação Básica).
A Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha de Engenho Velho
apresentou no ano de 2013 um IDEB de 3.3, sendo assim contemplada com o
Programa Mais Educação, visando ampliar a possibilidade de ações pedagógicas
buscando, como uma das alternativas, elevar este índice. O referido Programa
terá início no ano de 2014.
Cada ano serão revistos os
campos trabalhados conforme demanda da comunidade escolar.
No ano de 2014 os macros
campos trabalhados serão:
·
CULTURA,
ARTES E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL/Danças
·
ACOMPANHAMENTO
PEDAGÓGICO (OBRIGATÓRIA)/Campos do Conhecimento
·
ESPORTE
E LAZER / Esporte na Escola/ Atletismo e múltiplas vivências esportivas
(basquete, futebol, futsal, handebol, voleibol, xadrez)
·
CULTURA,
ARTES E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL / Brinquedos e Artesanato Regional
Para o desenvolvimento das atividades o
Governo Federal repassa recursos para monitores, materiais de consumo e de
apoio, segundo as atividades realizadas e que contemplam os macros campos
trabalhados.
7.
PROJETOS E AULAS DIVERSIFICADAS
É indispensável que a escola
se reúna para discutir a concepção atual de currículo expressa tanto na LDB
quanto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os diferentes níveis de
ensino e também nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). A legislação
educacional brasileira, quanto à composição curricular, contempla dois eixos:
·
Uma Base
Nacional Comum, com a qual se garante uma unidade nacional, para que todos os
alunos possam ter acesso aos conhecimentos mínimos necessários ao exercício da
vida cidadã. A Base Nacional Comum é, portanto, uma dimensão obrigatória dos
currículos nacionais e é definida pela União.
·
Uma Parte
Diversificada do currículo, também obrigatória, que se compõe de conteúdos
complementares, identificados na realidade regional e local, que devem ser
escolhidos em cada sistema ou rede de ensino e em cada escola. Assim, a escola
tem autonomia para incluir temas de seu interesse.
·
Contemplar
a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei
no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
·
Contemplar
a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que determina a presença do ensino de
música nas escolas de educação básica.
É através da construção da
proposta pedagógica da escola que a Base Nacional Comum e
a Parte Diversificada se integram. A composição curricular deve
buscar a articulação entre os vários aspectos da vida cidadã (a saúde, a
sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e
a tecnologia, a cultura, as linguagens) com as áreas de conhecimento (Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua Estrangeira,
Educação Artística, Educação Física e Educação Religiosa).
Desta forma a Escola
Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Osvaldo Aranha trabalhou no
ano de 2013 em sua Parte Diversificada as seguintes temáticas:
Música; Dança, Educação
Física, Informática e Kaingangue.
Cada ano serão revistos os
campos trabalhados conforme demanda da comunidade escolar.
Além disso, a escola trabalha
com a Metodologia de Projetos com temáticas pertinentes a realidade educacional
e a demanda da comunidade escolar.
8.
AÇÕES CONCRETAS A SEREM REALIZADAS E ORIENTAÇÕES PARA A AÇÃO NA ESCOLA
“Na
história se faz o que se pode e não o que se gostaria de fazer. Uma das grandes
tarefas políticas que se deve observar é a perseguição constante tornar
possível amanhã o impossível hoje” (Paulo Freire, 1992).
8.1
Ações Concretas
·
Construir
uma quadra de esportes para a Educação Física;
·
Promover
cursos de aperfeiçoamento e atualização aos professores, pais e alunos;
·
Prover
a escola de todos os materiais de ensino, consumo, materiais didáticos,
pedagógicos e de higiene e conservação do prédio.
·
Receber
visitar periódicas durante o ano letivo da SMEC, para realizar acompanhamento
periódico do processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
·
Realizar
junto aos segmentos escolares a criação do Conselho Escolar.
·
Propiciar
assistência odontológica, psicológica e médica aos alunos da Escola Osvaldo Aranha,
que necessitam deste atendimento.
·
Apoiar
e incentivar a participação dos pais nas reuniões e atividades desenvolvidas na
escola.
·
Proporcionar
condições ao Ensino Fundamental para o efetivo desempenho das atividades com
materiais, serviços e recursos humanos.
·
Realizar
junto à comunidade um resgate do acervo histórico da Reserva da Serrinha.
·
Manter
um Conselho Escolar atuante e participativo, promovendo assim uma gestão
escolar democrática.
·
Solicitar
a participação do Conselho Escolar na organização e no planejamento do
calendário escolar, no projeto pedagógico da escola, na avaliação dos
resultados finais da instituição.
·
Apoiar
e incentivar as entidades sociais, esportivas, culturais e religiosas,
proporcionando a integração dos diversos segmentos da comunidade.
·
Realizar
mostras de oficinas pedagógicas.
·
Realizar
visitas de estudo e lazer.
·
Confraternizar
com entrega de presentes no dia do estudante e da criança para todos os alunos
da escola.
·
Confraternizar
com entrega de doces em comemoração a Páscoa e Natal.
·
Confraternizar
com entrega de presentes no dia do professor para todos os docentes e
funcionários da escola.
·
Confraternizar
com entrega de lembranças no dia das mães e pais com toda a comunidade escolar.
·
Promover
a integração e a parceria com professores e alunos de outras escolas da rede
Municipal e Estadual.
·
Promover
parcerias com as secretarias: Educação, Saúde, Agricultura, Assistência Social.
·
Realizar
parcerias com EMATER e outras entidades ou empresas que venham a beneficiar a
qualidade educacional escolar.
·
Manter
o Transporte Escolar no Ensino Fundamental e na Educação Infantil.
·
Oferecer
o transporte aos alunos, portadores de necessidades especiais, quando for
necessário.
·
Acompanhar
e avaliar a prática pedagógica dos professores na escola.
·
Acompanhar
e avaliar as práticas dos funcionários da escola.
·
Implantar
o um Plano de Carreira para os funcionários de escola.
·
Rever
o plano de Carreira dos Professores.
·
Estudos
aprofundados dos Planos de Estudos e Projeto Político Pedagógico da escola.
·
Proporcionar
espaços de estudos pedagógicos aos professores e funcionários da escola.
·
Adquirir
materiais pedagógicos para fonte de pesquisa (jornais, revistas, livros,
coleções de livros pedagógicos, para todas as séries e recursos audiovisuais (CD
e DVD) e outros).
·
Adquirir
uma linha telefônica para a escola.
·
Adquirir
uma máquina xerográfica para a escola.
·
Adquirir
recursos audiovisuais (projetor multimídia e caixa de som amplificada) para a
escola.
·
Buscar
parcerias com a comunidade escolar para elaborar a arborização e jardinagem da
escola.
·
Construir
Horta na escola.
·
Desenvolver
campanhas de saúde preventiva como: Saúde Bucal e Nutricional.
·
Promover
a participação de toda a comunidade nas festividades alusivas da escola.
·
Promover
a participação da escola nas atividades alusivas desenvolvidas pela Secretaria Municipal
de Educação e Cultura de nosso município.
·
Trabalhar
através de projetos com apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
·
Divulgar
as experiências concretas de transformação que a escola está realizando no dia
a dia.
·
Exercitar
a autonomia e interdependência dos serviços com a participação efetiva do
Conselho Escolar e CPM da escola.
·
Exigir
qualificação dos recursos humanos (professores e funcionários), encaminhando-os
a cursos de habilitação e atualização em suas áreas de atuação.
·
Promover
um curso de aperfeiçoamento aos funcionários, Conselho Escolar e CPM da escola.
·
Promover
a valorização da cultura afro e indígena através de oficinas temáticas, mostra
de trabalhos artesanais e culturais, mostra de danças artísticas e culturais
desses povos, assistir a filmes, vídeos e documentários relacionados ao tema em
questão.
·
Promover
palestras aos pais e comunidade escolar com temas previamente selecionado pelos
mesmos.
·
Contratar
um monitor para ensinar artesanato indígena.
·
Melhorar
os computadores da sala de informática.
·
Adquirir
ar condicionado para as salas de aula.
·
Construir
sala multimídia e de reuniões na escola.
·
Fechar
o espaço aberto da escola para refeitório ou a construção de um refeitório.
·
Adquirir
mais computadores para o administrativo da escola.
·
Valorizar
a cultura e os costumes trazidos da África e incorporados à cultura brasileira,
bem como os costumes dos indígenas brasileiros;
·
Preservar,
incentivar e valorizar as manifestações culturais dos descendentes da imigração
Africana e dos habitantes brasileiros população indígena;
·
Desmistificar
ideias e concepções (pré) adquiridas e geralmente carregadas de sentidos
negativos e desvalorativos;
·
Efetuar
pesquisa visando o conhecimento sobre as diversificadas etnias;
·
Construir
um novo olhar sobre a história nacional/regional local e ressaltar a
contribuição dos africanos e indígenas na constituição da nação brasileira;
·
Realizar
oficinas: práticas de pinturas em telas e paredes, música, teatro, etc...
·
Construir
a autoestima dos afro-brasileiros e dos indígenas por meio de relações mais
humanitárias, conscientizando-os de que cada etnia, por meio de sua cultura,
contribui para a formação de um povo único.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da
Educação Básica. 2013.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. CÂMARA DE
EDUCAÇÃO BÁSICA. RESOLUÇÃO Nº 5, DE 22
DE JUNHO DE 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Escolar Indígena na Educação Básica.
____. PARECER CNE/CEB Nº 13/2012. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Escolar Indígena
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da autonomia:
Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1997.
____.
Educação como Prática de Liberdade. 21.
ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
____,
SHOR, Ira. Medo e Ousadia – o
cotidiano do professor. 4 ed. Rio de Janeiro, Graal, 1992.
GADOTTI,
Moacir. Diversidade cultural e educação
para todos. Rio de Janeiro, Graal,
1992.
____.
Escola cidadã. São Paulo: Cortez,
1993. 78p.
GANDIN,
Danilo. A prática do Planejamento
Participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos
dos campos cultural, social, político, religioso e governamental. 3 ed.
Petrópolis: Vozes, 1997.
VASCONCELLOS,
Celso dos S. Planejamento plano de
ensino- aprendizagem e projeto educativo – elementos metodológicos para
elaboração e realização. São Paulo, Libertad, 1995 (cadernos Pedagógicos do
Libertad; v.1).
VEIGA,
Ilma Passos (Org). Projeto Político da
Escola: uma construção possível. 2. ed., São Paulo, Papirus, 1996.
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