HISTÓRICO DE ENGENHO VELHO



1. Dados Gerais sobre o Município de Engenho Velho

·         Micro-região: Colonial de Irai
·         Mesoregião: Norte-Riograndense
·         Região Geográfica: Sul
·         Localização Geográfica: Médio Alto Uruguai
·         Distância de Porto Alegre: 385 Km
·         Altitude da sede: 504 metros
·         Longitude: Entre 52º52’ a 52º58’ Oeste
·         Latitude: Entre 27º37’ Sul a 27º44’ Sul
·         População: 1.527 habitantes (censo 2010)
·         Data de emancipação: 20/03/1992
·         Base da Economia:    
-Agricultura de soja, trigo, milho, feijão;
-Pecuária Leiteira;
-Suinocultura;
-Fruticultura;
-Comércio;
-Serviços.
·         Total de eleitores: 1.070
·         Porte do Município: Pequeno
·         Área: 71 km²


2. Histórico do Município de Engenho Velho


O Município de Engenho Velho localiza-se na região fisiográfica do Estado do Rio Grande do Sul, denominada Alto Uruguai, com uma área de 71 km2 e a 385 km de distância da Capital do Estado. Limitando-se ao Norte com Três Palmeiras e Constantina, ao sul com Rondinha e Ronda Alta, a leste com Ronda Alta e a Oeste Constantina.
Até por volta de 1920, o município de Engenho Velho, constitui-se de um minúsculo povoado margeando o Arroio Lajeado dos Lopes, cujas terras na sua maioria pertencia ao Sr. Antônio Valério (vulgo Capitão Valério) que por ser uma família numerosa, o lugarejo era conhecido por povoado dos Valérios.
As terras situadas à margem direita da bacia do Lajeado Grande, principal rio do município, a partir da cabeceira do Arroio dos Índios constituíam-se em reserva indígena e Florestal.
A madeira da região atraiu as famílias Cameloti e Tesser descendentes de Italianos que saíram da região colonial da serra para aqui instalarem Serraria, e para trabalhar nela teria vindo mais tarde os irmãos Luzzatto.
A partir da década de 1940 o povoamento da região se intensificou com a chegada de mais famílias, e com o passar dos tempos, a madeira foi escasseando e a primeira Serraria (de propriedade de Camelotti e Tesser) a qual era chamada pelos Italianos de “Engenho”, foi desativada. Daí a origem do segundo nome do povoado “ENGENHO VELHO”.
Depois de muitas negociações, conseguia-se junto à comissão de Justiça da Assembleia Legislativa do Estado, juntamente com o poder executivo do mesmo a aprovação do Plebiscito que decidiria sobre a emancipação. 
O Município de Engenho Velho foi criado pela lei Estadual nº 9.619 de 20 de março de 1992.
A partir de 1996, o município passa por uma enorme transformação, pois os índios Kaingang, retomam o direito a posse da reserva da Serrinha, então cerca de 53% da área  do município de Engenho Velho se torna reserva indígena. Os colonos brancos foram indenizados, e deixaram as terras da reserva. A população indígena começa a chegar ao município, que vive um novo momento histórico e inicia-se a convivência entre brancos e índios. Com isso, muita população branca saiu e foi para outros municípios, aumentando assim a população indígena, que por ser um povo nômade, ficam um tempo e mudam de residência; estão em constante movimentação.
A população atual é de 1.527habitantes sendo que destes 742 são homem e 785mulheres sendo sua densidade populacional de 21,45hab/km2, com uma formação composta por aproximadamente 50% italianos, 35% de descendentes indígenas, 15% de outras etnias.
A principal atividade econômica está vinculada a agricultura, concentrando-se nas culturas de soja, milho e trigo, desenvolvendo-se também a agropecuária leiteira, suinocultura e fruticultura, em menor escala.
Na tentativa de evitar o êxodo rural o município, através do Departamento da Agricultura e EMATER tem procurado incentivar a permanência dos agricultores em suas propriedades, oferecendo incentivos tais como: implantação de rede de abastecimento de água, eletrificação rural, melhoria de residências, patrulha agrícola, fornecimento de sementes, através do sistema troca-troca.
Em relação à saúde no município, há uma grande preocupação por parte da administração, em atender a todas as solicitações do povo, sem discriminação. A saúde é municipalizada, e os pacientes são atendidos na Unidade Básica de Saúde Central (Posto de Saúde), e se necessário encaminhados ao Hospital São Rafael deste Município. No que se refere aos casos mais graves são encaminhados aos centros maiores como Sarandi ou Passo Fundo.
O comércio do município está se estruturando para atender melhor a população, sendo que ainda a população necessita de complementos em municípios vizinhos.
No que tange o setor econômico, as famílias deste município são de baixo poder aquisitivo, na sua maioria dependendo da agricultura, meio pelo qual tiram seu sustento.
A questão religiosa também sofreu modificações, novas crenças se instalaram no município. Porém a população aceita isso com naturalidade e respeita a opção de cada um.

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