sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Missões 7ª parada-Fonte Missioneira

Financiado pelo IPHAN/RS, por intermédio de seu escritório técnico no município de São Miguel das Missões, o projeto “Fonte Missioneira” tinha como objetivo desenvolver ações em ruínas remanescentes de São Miguel Arcanjo, povoado jesuítico fundado no século XVIII, elevado na década de oitenta a Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
O projeto estabelecido era ousado e consistia em duas frentes distintas: a organização de todo o acervo arqueológico coletado em quase meio século de pesquisas, e a coleta de elementos para um plano de manejo no entorno da fonte missioneira, bem arqueológico inserido fora da área tombada. A cidade contava com um exemplar único de fonte construída no período colonial que encontrava-se desligada do circuito de visitação da cidade. A ação da Zanettini Arqueologia nesse contexto foi, a partir da intensificação dos estudos nessa fonte, estabelecer pontes entre os bens inseridos dentro e fora da área tombada. Surgia aí o projeto educativo e de comunicação museológica.
A partir do convívio com a realidade local, adotamos como conceito gerador a ideia de que o patrimônio se estendia para além dos limites das ruínas tombadas, englobando toda a cidade de São Miguel das Missões. Nesse sentido, todos os recursos do território, tais como estruturas arquitetônicas e construtivas, pessoas, saberes e outros bens materiais ou culturais, foram importantes na concepção de estratégias educativas. Esses bens e referências foram inseridos em um mapa ilustrado, a partir do qual foi realizado um Circuito de Visitação da cidade com o público infanto-juvenil. Além disso, foram realizadas também palestras e oficinas de formação de multiplicadores, nas quais foram capacitados 81 agentes.
O Circuito de Visitação, do qual participaram mais de 500 alunos das escolas públicas, pode ser considerado uma “caminhada de descoberta”. Isso porque ele permitiu a circulação por diversos pontos da cidade, interagindo com bens patrimoniais diversificados. Pretendíamos, com essa opção, evidenciar que o território patrimonial da cidade possui segmentos múltiplos e as ruínas do bem tombado, são apenas um deles.




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